Evitar compras por impulso é uma tarefa árdua. Infelizmente, a forte cultura do consumo colabora para que nossas escolhas sejam afetadas pelo desejo de recompensa instantânea. Como consequência, muitos enxergam o ato de comprar como uma forma de alívio.
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O preço por esse alívio, contudo, costuma ser muito alto. Além da fatura assustadora, gastos desse tipo minam o seu controle financeiro. Além de acumular despesas e, provavelmente, dívidas, isso te afastará dos seus objetivos. Esse hábito — ainda que pareça inofensivo — pode te impedir de adquirir um carro ou um imóvel próprio, por exemplo.
Afinal, o que são compras por impulso?
Uma compra por impulso é aquela feita sem planejamento e, muitas vezes, sem pesquisa. Em geral, ela precede vontades momentâneas sem análise ou ponderação. Na prática, as consequências daquela ação simplesmente não são consideradas — ou, se são, ocorrem de maneira rasa e distante da realidade. O que se destaca aqui é o bem-estar ou satisfação a curto prazo.
Ainda que o controle esteja nas mãos de quem compra, a culpa não é exclusiva. A verdade é que o mercado colabora para isso. Quer um exemplo? Quando você adiciona um produto ao carrinho de compras e, por algum motivo, não finaliza a transação, os sites e apps costumam enviar e-mails e/ou notificações para te convencer a voltar. Em ações mais agressivas, essas mensagens incluem até mesmo cupons de desconto.
Em períodos em que o comércio fica mais aquecido, como no Dia do Consumidor, na Black Friday, no fim do ano e em datas comemorativas, é ainda mais fácil cair nessa armadilha. Afinal de contas, o marketing que já é muito eficaz em outras épocas do ano fica ainda mais incisivo.
Como saber se faço compras por impulso?
Essas informações, contudo, podem não ser suficientes para identificar uma compra por impulso. Isso porque pessoas que possuem essa tendência muitas vezes não reconhecem o processo. Quando questionadas, muitas garantem que pensaram sobre a ação antes e, sim, aquele item era indispensável ou o preço, imperdível.
Apesar de todas as justificativas, gastos impulsivos são usados para acobertar uma frustração. Então, ainda que tenham uma visão embaçada da ação, essas pessoas costumam sentir quase um alívio ao passarem o cartão. Mas não termina aí: isso, em geral, antecipa o sentimento de culpa.
Para saber se você está nesse grupo, se faça algumas perguntas:
- “O que sinto depois de comprar?” Se a resposta for culpa, arrependimento, tristeza ou decepção, acenda o alerta. O ideal é saber que, apesar dos impactos no orçamento — que devem ser controlados —, aquela compra foi necessária e, portanto, não deve gerar essas sensações.
- “Como você se sente diante de uma promoção?” Existe uma diferença entre aproveitar uma boa oportunidade para economizar e ser imediatamente convencido pelo anúncio. Se grandes descontos e ofertas te convencem muito facilmente, acenda o alerta mais uma vez.
- “Como são os seus gastos?” Faturas muito altas e parcelas numerosas também são um sintoma de quem compra por impulso. A coisa ainda piora se você não consegue pagar a fatura com frequência ou precisa remanejar as contas, deixando algumas para o próximo mês.
- “Tenho muito mais do que preciso?” Quando você compra por impulso, sem considerar a necessidade daquele produto, a tendência é que as suas aquisições se acumulem pela casa. Olhe em volta e seja sincero na sua resposta.
Como evitar dívidas na hora de ir às compras
Observe as faturas e as compras avulsas
Antes de quebrar um hábito você deve conhecê-lo. E, acredite, essa é uma dica de ouro frequentemente ignorada. Reserve alguns minutos para navegar pelas suas faturas e extratos de banco. Nesse passeio, procure entender quais são os maiores vilões do seu orçamento.
Pergunte: no que essas compras “inofensivas” consistem? Para alguns, o calcanhar de Aquiles é aquele lanche na sexta-feira. Outros não conseguem recusar uma saída com os amigos e acabam gastando além do que planejaram. Há também quem extrapole com a assinatura de streamings. A missão principal é identificar o seu maior ponto fraco.
Corte gastos desnecessários
Depois de fazer um orçamento e criar consciência sobre seus vícios de consumo, é hora agir. Estabeleça uma meta para o próximo mês: se o seu ponto fraco são os aplicativos de delivery, crie um limite de gastos para essa categoria e seja fiel a ele. E, ah, tenha soluções alternativas, como cozinhar todos os dias ou preparar marmitas para a semana.
Você pode pensar: por que não cortar todos os gastos de uma vez? Infelizmente, vencer um hábito é muito mais difícil do que parece. Demanda tempo, dedicação e, sobretudo, autocompreensão. Se quiser, você pode reduzir o consumo em outros campos. Mas, em muitos casos, eliminar tudo pode gerar o efeito rebote.
O Organizze te ajuda!
Compras por impulso são a ponta do iceberg de algo bem maior. Em muitos casos, esse é um sintoma causado pela falta de educação financeira. E, claro, você pode estudar sobre o assunto, inclusive aqui no blog do Organizze. Mas, na prática, a teoria é diferente.
Entre tantos compromissos, você pode ser levado pelos hábitos antigos. O Organizze, enquanto uma plataforma de gerenciamento de finanças, te dará a clareza e o controle necessários para não esquecer do seu objetivo no dia a dia.
Amplie a sua estratégia
Conseguiu cumprir a sua primeira meta? Se sim, é hora de dar o próximo passo e olhar para outros hábitos de consumo que sugam a sua renda. Não se preocupe com a velocidade do processo, mas com a qualidade do aprendizado.
Um por um, corte os custos desnecessários. Por esse caminho, você transformará não apenas o seu balanço financeiro, mas a sua mentalidade. É justamente ela que sustentará os hábitos mais saudáveis que você adotou no processo.
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