Quanto rende a poupança? 6 motivos para não investir!

quanto rende a poupança hoje
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Afinal, quanto rende a poupança? Durante muitos anos, essa foi a principal escolha entre aqueles que desejavam guardar dinheiro. Com o desenvolvimento do mercado e a popularização do mundo dos investimentos, a coisa mudou um pouco de figura.

Além de muita informação internet adentro, há opção para todos os gostos em renda fixa e variável. Apesar disso, é natural que pessoas mais conservadoras considerem a poupança. Afinal, essa é uma opção conhecidamente segura. Mas, para saber se ela vale a pena, é preciso conhecê-la.

O que é a poupança?

Conhecida também como caderneta de poupança ou conta poupança, essa é uma das modalidades de investimentos mais populares do país. Ela é oferecida por instituições bancárias. Portanto, você encontrará poupança no Banco do Brasil, na Caixa Econômica, Bradesco e na maioria das instituições mais tradicionais.

Mas como a poupança funciona? Ao depositar o dinheiro nessa aplicação, ele será acrescido de juros a cada 30 dias, quando ela completará seu aniversário. Isso é o que chamamos de “aniversário da poupança”. Caso você retire o dinheiro antes da data, não receberá nenhum juros.

Aliás, embora cada banco tradicional ofereça a sua própria poupança, a rentabilidade é a mesma para todos. Desde 2012, os juros da poupança dependem do valor da taxa Selic. Diferentemente do que muitos educadores financeiros afirmam, a poupança pode ser uma boa solução — em cenários específicos, contudo.

Quer aprender mais sobre investimentos? Acompanhe o blog da Organizze e fique sabendo o que é preciso fazer para fazer seu dinheiro render!

Quanto rende a poupança, então?

Atualmente, o rendimento da poupança segue os seguintes parâmetros:

  • se a taxa Selic alcançar mais do que 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês acrescido de Taxa Referencial (TR);
  • se a taxa Selic estiver menor que 8,5% ao ano, então o rendimento da poupança será 70% da taxa Selic acrescido de TR.

A Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, foi mantida a 13,75% pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Desse modo, a aplicação segue a regra de 0,5% ao mês + TR. No cálculo, então, o rendimento da poupança hoje é de 6,17% + TR (que está zerada atualmente). Se convertermos esse número para o intervalo mensal, os juros remuneratórios vão para 0,5% ao mês + TR.

O que é taxa referencial?

quanto rende a poupança
Quanto a poupança rende hoje depende diretamente da taxa Selic (Imagem: Freepik)

Por que não investir na poupança?

1. Baixa rentabilidade

Há muito tempo, a poupança está entre as aplicações com as menores taxas de rendimento. Sim, é possível obter algum dinheiro, mas nada significativo. É por essa razão que muitos educadores financeiros se recusam a categorizar a poupança como um “investimento”.

Não à toa, muitos brasileiros encaram a solução como uma forma segura de guardar dinheiro. E, bom, existe uma distância enorme entre “guardar” e “investir”. Se o assunto terminasse aí, seria ótimo. Mas, infelizmente, é possível perder dinheiro na poupança e isso nos leva ao próximo ponto.

2. Perde para a inflação em alguns cenários

Em determinados momentos da economia, a poupança perde para a inflação. Esse fenômeno faz com que os mesmos R$ 100,00 não comprem os produtos que compravam há tempos atrás. 

Com uma taxa de juros muito baixa, a aplicação nem sempre consegue fazer as correções necessárias frente à desvalorização da moeda. No momento de retirar o dinheiro, portanto, o investidor terá um montante menor do que o inicial.

3. Nem sempre tem liquidez diária

Atualmente, existe uma variedade de poupanças no mercado. Algumas permitem saques a “qualquer momento”, outras têm prazos mais rígidos. Visto que existem opções de renda extra seguras, com altos rendimentos e liquidez diária, esse certamente é um ponto negativo para a caderneta. 

4. Há opções melhores isentas de IR

Dentro do universo da renda fixa, muito se fala nos títulos do Tesouro Direto e aplicações cobertas pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), como é o caso dos CDBs. Ainda que ofereçam muitas vantagens sobre a poupança, alguns se incomodam com a cobrança do Imposto de Renda.

Apesar da incidência do tributo, o rendimento dessas alternativas ainda é maior do que o da poupança. De qualquer forma, há aplicações em renda fixa isentas de IR, como as Letras de Crédito (LCI ou LCA) e as debêntures incentivadas.

5. Não oferece rendimento diário

A poupança também perde pontos por não oferecer rendimento diário. Lembra que comentamos sobre o aniversário da poupança? Pois bem. Se você investir um montante e retirá-lo antes da data, foi-se todo o rendimento. Nesse cenário, se a inflação estiver alta, você ainda perderá dinheiro, porque ele terá desvalorizado sem correção. 

6. Existem alternativas seguras no mercado

Já comentamos sobre algumas aplicações em renda fixa no decorrer desse texto, mas é importante frisar. Ainda que a poupança carregue a forte reputação de ser muito segura, há investimentos que oferecem a mesma segurança — ou até mais.

Aplicações garantidas pelo FGC, por exemplo, não te farão perder dinheiro caso a instituição bancária responsável declare falência. Esse nível de segurança, pasme, não é oferecido pela poupança.

Portanto, antes de colocá-la no pódio, recomendamos fortemente que você estude mais sobre o mercado financeiro. Afinal, só confiamos naquilo que conhecemos. Citamos os CDBs, os títulos do Tesouro Direto, as Letras de Crédito, as debêntures, mas saiba que há muito mais a ser descoberto.

Conselheiro de empresas, mentor, empreendedor e investidor serial apaixonado por scale-ups e venture capital. Palestrante em diversas iniciativas do ecossistema brasileiro de inovação e empreendedorismo.