Investimento automatizado: entenda como funciona e por onde começar

Descubra o que é investimento automatizado e veja como começar a investir com mais praticidade, segurança e controle.

Investidor acessa uma plataforma de investimento automatizado pelo celular, com gráficos em tempo real no fundo.

Nos últimos anos, as plataformas de investimento automatizado se tornaram tema frequente no bate-papo entre investidores e vêm despertando o interesse de quem quer começar a investir.

A promessa é simples: usar algoritmos e tecnologia para investir no seu lugar, com mais praticidade, agilidade e menos riscos por erros emocionais.

Mas junto com toda essa facilidade, vêm os questionamentos. Será que essas estratégias funcionam mesmo? Quais os riscos? Vale a pena automatizar ou é melhor estudar e fazer por conta própria?

É sobre isso que a gente vai conversar por aqui. Vou explicar como funciona o investimento automatizado, quais são os prós e contras, e como manter o controle dos seus aportes — mesmo no piloto automático.

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O que é investimento automatizado?

Investimento automatizado é uma forma de aplicar dinheiro em ativos financeiros com o apoio de sistemas que tomam decisões ou executam ordens automaticamente, com base em regras pré-definidas ou algoritmos. 

Em vez de acompanhar o mercado e tomar decisões por conta própria, o investidor delega parte (ou toda) essa tarefa a um sistema — que vou explicar melhor no próximo tópico.

Na teoria, é como investir no “modo automático”. Mas, como toda solução tecnológica, essa também tem limitações, principalmente quando o investidor não entende bem como a estratégia funciona ou quais critérios estão por trás das decisões tomadas pelo sistema.

Robôs, algoritmos e plataformas: como funciona na prática?

Na prática, o investimento automatizado funciona com o apoio de tecnologias que tomam decisões ou executam ordens no seu lugar

Isso pode ser feito por meio de robôs de investimento, algoritmos programados ou plataformas com carteiras automatizadas. 

Cada um tem uma função específica, mas todos seguem o mesmo princípio: automatizar a gestão dos seus ativos.

Vamos entender melhor cada modelo:

Robo-advisors (gestão automática de carteira)

Os robo-advisors (ou consultores robotizados) são plataformas que criam e gerenciam carteiras de investimento com base no seu perfil e objetivos. O usuário responde algumas perguntas, e o sistema monta uma carteira que é ajustada automaticamente com o tempo. 

Apesar de parecer uma solução prática, é importante destacar que o investidor não tem total clareza sobre os critérios usados na escolha dos ativos. Em alguns casos, isso pode gerar insegurança ou desalinhamento com os próprios objetivos.

Robôs traders (execução automática de ordens)

Os robôs traders (ou robôs investidores) executam ordens de compra e venda de ativos no mercado, geralmente em operações de curto prazo. Eles seguem estratégias pré-definidas, programadas por desenvolvedores ou traders experientes. 

Apesar da promessa de agilidade, esse modelo envolve um certo grau de risco e costuma ser voltado a investidores mais avançados.

Carteiras automatizadas de corretoras

Algumas corretoras oferecem carteiras prontas com rebalanceamento automático. O investidor escolhe o nível de risco e faz os aportes, e a plataforma cuida da alocação. 

Essa é uma alternativa para quem quer investir sem se aprofundar, mas vale prestar atenção nas taxas envolvidas.

Vantagens do investimento automatizado para quem está começando

Mulher analisa investimentos com gráficos digitais ao fundo, representando o uso de investimento automatizado por pessoas físicas.

Para quem está dando os primeiros passos no mundo dos investimentos, a automação pode ser uma solução prática. Veja alguns pontos vantajosos:

  • Praticidade: a principal promessa é facilitar a vida do investidor, automatizando decisões e rotinas que, em geral, exigiriam estudo e acompanhamento constante.
  • Disciplina nos aportes: muitas plataformas permitem programar aportes mensais, o que ajuda a manter constância.
  • Diversificação automática: aqui está o ouro! Algumas carteiras automatizadas distribuem o dinheiro em diferentes ativos, o que reduz o risco de concentrar tudo em um único tipo de investimento.
  • Menor interferência emocional: como as decisões seguem regras, há menos risco de agir por impulso, como vender na baixa ou comprar na alta.

Vale destacar também o desempenho de algumas plataformas de automação. 

Segundo dados divulgados pela OnTick, plataforma da XP voltada a estratégias automatizadas, cerca de 66,6% dos clientes tiveram ganhos no primeiro trimestre de 2025. Em janeiro, 74% dos usuários saíram no lucro; em fevereiro, 64%; e em março, 62%.

Segundo Rodrigo Malacarne, sócio da OnTick, a maioria dos investidores da plataforma é formada por pessoas físicas, o que mostra que o uso da automação já não é exclusividade de traders profissionais. 

Leia mais: Automação financeira: saiba como facilitar sua rotina com tecnologia

Riscos e cuidados que você precisa conhecer antes de automatizar seus investimentos

Mesmo com a promessa de praticidade, a automação de investimentos não está livre de riscos, principalmente para quem entra sem entender como tudo funciona. Antes de confiar seu dinheiro a uma plataforma, vale considerar com atenção os seguintes pontos:

  • Custos e taxas escondidas: algumas plataformas cobram taxas de administração ou performance que nem sempre estão claras. Leia tudo com atenção antes de contratar.
  • Falta de transparência: muitos robôs usam algoritmos fechados, sem explicar como tomam decisões, o que pode dificultar o entendimento da estratégia usada.
  • Performance abaixo do esperado: mesmo com tecnologia, não existe garantia de lucro. O mercado é volátil e o robô pode errar ou não se adaptar bem a mudanças.
  • Liquidez e atrasos nas ordens: em alguns casos, a venda de ativos pode demorar mais do que o ideal. Isso é um problema se você precisar do dinheiro rápido.
  • Falsa sensação de segurança: só porque é automático, não significa que você pode esquecer. É importante acompanhar, entender o que está sendo feito e revisar de tempos em tempos.

Resumindo, na minha visão, a automação pode ser útil, mas não substitui o papel do investidor. Estar por dentro do que está acontecendo com seu dinheiro continua sendo indispensável.

Como começar: passo a passo para automatizar investimentos

Se você quer automatizar seus investimentos, mas não sabe por onde começar, listei 5 passos para você seguir com segurança:

  1. Entenda seu perfil de investidor: antes de tudo, descubra se você é conservador, moderado ou arrojado. Isso ajuda a definir a estratégia certa.
  2. Escolha uma plataforma confiável: pesquise bem. Veja a reputação, leia avaliações e entenda como funciona o serviço. Dê preferência para plataformas regulamentadas e com suporte acessível.
  3. Defina o valor dos aportes: você pode começar com pouco, mas precisa saber quanto pode investir por mês sem comprometer suas contas.
  4. Configure os parâmetros de automação: faça uma boa pesquisa e só depois escolha o tipo de carteira, a frequência dos aportes e o percentual de risco.
  5. Acompanhe o desempenho com regularidade: mesmo automatizado, sempre revise de tempos em tempos para ter certeza de que tudo está dentro do esperado. 
Infográfico ilustrando cinco passos para começar no investimento automatizado, desde o perfil do investidor até o acompanhamento dos resultados.

Como controlar aportes automatizados usando o app Organizze?

Mesmo quando o investimento é automatizado, acompanhar os aportes continua sendo essencial. No app Organizze, você pode fazer isso de forma simples. 

Com a funcionalidade de Conexão Bancária, suas transações são importadas automaticamente do banco para o app, evitando lançamentos manuais e agilizando o controle.

Se os aportes forem fixos, como os que ocorrem todo mês, você pode configurar lançamentos recorrentes. 

Já para investimentos feitos com menos frequência, o ideal é registrar manualmente cada valor como receita ou despesa, de acordo com o tipo de movimentação.

Esse acompanhamento ajuda a manter a clareza sobre onde seu dinheiro está indo, mesmo quando a aplicação está no piloto automático.

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Conclusão

O investimento automatizado pode parecer uma boa saída para quem está começando, mas exige atenção, responsabilidade e conhecimento básico sobre o que está sendo feito.

Neste artigo mostrei que existem diferentes tipos de automação. Cada um tem suas promessas, limitações e riscos e, embora úteis e vantajosos em vários aspectos, nenhum deles substitui o papel do investidor atento.

Com a informação certa e um bom controle financeiro, dá pra entender melhor se esse caminho faz sentido pra você… ou se é hora de investir no seu próprio aprendizado antes de tudo.

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Disclaimer: Este blog é independente e não possui parceria com as empresas citadas. Nosso conteúdo é estritamente informativo e não representa endosso ou afiliação com qualquer organização.

Conselheiro de empresas, mentor, empreendedor e investidor serial apaixonado por scale-ups e venture capital. Palestrante em diversas iniciativas do ecossistema brasileiro de inovação e empreendedorismo.

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