O cartão de crédito pode ser um grande aliado durante a alta da inflação, que tem perdurado nos últimos anos no Brasil. Antes de entender essa relação, no entanto, é preciso conhecer a lógica da própria inflação.
Medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (o famoso “IPCA”), esse fenômeno leva ao aumento dos preços de bens e serviços. E, mais importante, gera uma diminuição do poder de compra da moeda.
Quer um exemplo? Se o consumidor possui R$ 100,00 e a inflação crescer 10% no próximo ano, ele terá perdido R$ 10 nesse período. O parcelamento, se utilizado da maneira correta, pode beneficiar o cidadão nesse cenário.
Afinal, sabemos que, historicamente, a correção salarial no país não acompanha a desvalorização da moeda. Em razão disso, é válido procurar meios de amenizar o seu impacto.
Como “driblar” a inflação com o cartão de crédito
Comprar no cartão de crédito pode ser um ótimo negócio ou o motivo das suas dívidas. Não é a primeira vez que levantamos esse debate. No final das contas, tudo depende de como você administra as suas finanças.
Quando a inflação está em alta, o parcelamento é uma estratégia interessante. Afinal, ela permite que você compre um item mais caro com o “preço de um ano atrás”. Mas, para que isso funcione, não basta diluir a compra em várias parcelas.
O ideal é que você invista ao menos o montante equivalente à compra em um rendimento com juros acima do IPCA (aquele índice sobre o qual comentamos). Entre as opções, há o CDB de liquidez diária, fundos de renda fixa e, em alguns casos, até o Tesouro Selic.
Esse conjunto de ações resultará em um ganho de capital entre o rendimento e a perda do valor do dinheiro que está “congelado” na parcela do cartão de crédito. Mas é necessário ter muita cautela!
O perigo de parcelar no cartão de crédito
Repare que essa estratégia não pode ser utilizada em todas as compras que você fizer. A premissa de investir o montante da compra parcelada torna o seu uso limitado. Até porque você ainda precisa respeitar o orçamento do mês e arcar com os demais compromissos.
O recomendável, então, é adotar essa solução poucas vezes e somente em compras de maior valor. De nada vale “vencer” a inflação, se enrolar no cartão de crédito e acabar inadimplente, certo?
Cenários de inflação alta são acompanhados pela instabilidade financeira da população. Portanto, são poucos os que dispõe dos recursos, do controle, da disciplina e da educação financeira que essa estratégia exige.
Se você não se enquadra nesse grupo, ainda não possui um orçamento ou um planejamento financeiro, comece pelo básico. Além de acompanhar as matérias do nosso blog, recomendamos que você assine a nossa newsletter! 😀
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