Como limpar o seu nome e quitar todas as dívidas?

Muitas pessoas se perguntam como limpar o nome e pagar as suas dívidas. Ainda que seja fácil se endividar, pagar o que se deve não é nada simples. Afinal, ter disciplina para acumular o dinheiro necessário não basta. Para fazer um bom negócio, é preciso saber como negociar as suas dívidas.

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Quanto menos você gasta, mais dinheiro sobra para resolver suas pendências. Por isso, se esforce para economizar no dia a dia e evite compras por impulso. Em alguns casos,  as dívidas tomam uma proporção maior do que imaginamos. Assim como uma bola de neve, elas se acumulam e crescem. Por esse motivo, talvez seja necessário procurar formas de fazer uma renda extra. 

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Como limpar o seu nome na prática?

1. Identifique todas as suas dívidas

Com o dinheiro (ou parte dele) em mãos, é hora de mapear suas pendências financeiras. Recolha todas as contas pendentes, boletos não pagos, ligue para as empresas e pessoas que você deve. E, claro, fique atento às informações:

• O montante individual de cada dívida (se você tem mais de uma). Separe o valor principal e os juros acumulados;
• O nome de cada instituição, assim como o que foi comprado lá — É empréstimo? É parcela de celular? É financiamento veicular? Descubra!
• A taxa de juros vigente;
• A projeção de aumento da dívida para o próximo mês, semestre e ano (“Se eu não pagar, quanto estarei devendo daqui X tempo?”)

Anote as suas dívidas com o valor cheio — em outras palavras, não conte com reduções. Não é porque um amigo seu recebeu 99% de desconto nos juros em determinado banco que você conseguirá a mesma condição.

2. Crie um plano de pagamento

Com esses dados em mãos, é hora de criar uma lista. No topo, a pior dívida de todas, aquela com maior juros e montante individual. Em seguida, aquelas com piores consequências. Por exemplo, se você não pagar o DAS-MEI, o seu CNPJ somente será suspenso após dois anos. Se não quitar o aluguel da casa, em no máximo três meses será despejado. Logo, a segunda dívida é pior do que a primeira e tem prioridade na lista.

3. Renegocie as suas dívidas

Nossas dívidas nunca são apenas nossas. Primeiro, temos pelo menos dois envolvidos na equação: você e o seu credor. É ele quem define, por exemplo, se está disposto a conceder descontos na quitação ou qual o número de parcelas que está disposto a receber. Sempre que possível, sugira a renegociação para obter juros mais baixos. Nesse processo, é importante que você priorize as dívidas maiores e reduza o número de parcelas ao máximo. Se a sua dívida estiver registrada na plataforma da Serasa, é possível que a empresa já tenha enviado uma proposta de renegociação.  Uma das melhores formas de negociar com credores é através dos feirões de renegociação oferecidos por serviços de proteção de crédito. O Serasa, por exemplo, conta com o Feirão Limpa Nome. E existem até empresas especializadas em renegociar com bancos e outras empresas, como é o caso da Acordo Certo e da Uffa. Aqui vai uma lista extra de opções que você tem em relação à sua dívida:

• Refinanciamento;
• Pausa de financiamento;
• Portabilidade de dívidas entre bancos.

No fim, não tem segredo. É seguir o passo a passo e agarrar as melhores oportunidades que aparecerem no caminho. Se o do endividamento é bem conhecido, agora o do nome limpo também é.

4. Inclua as dívidas no seu orçamento

Todos os endividados do mundo gostariam de acordar amanhã e receber uma bolada na loteria suficiente para pagar todas as dívidas. A vida e as estatísticas, por sua vez, vão para outro lado. O caminho mais realista para pagar um débito é se organizar para tal. E adivinha quem vai financiar a quitação? Isso mesmo: você. Ou melhor, o seu salário. Se você sente que ele não é suficiente, saiba que não é impressão sua. Em um país em que, segundo estudos, o salário mínimo ideal ideal deveria ser 6 mil reais, mais de 95% das pessoas recebem menos de 3,5 mil reais por mês. A conta já começa sem fechar. Por isso, já adiantamos: a quitação de dívidas exigirá sacrifícios. Mas se tem algo que nós acreditamos é que cuidar do seu passado (dívidas), presente (estilo de vida) e futuro (investimentos) não é negociável. Tudo deve ter um espaço na sua vida. Para tanto, é importante administrar o seu salário da forma correta. Em uma oportunidade anterior, explicamos a regra 50/30/20, que te ajuda a manter o controle das despesas e, ainda, guardar dinheiro.  A lógica é simples: reserve 50% da sua renda para gastos essenciais (como aluguel e contas da casa); 30% vão para desejos pessoais (como assinaturas de streamings e roupas); e, enfim, 20% são destinados a objetivos financeiros (que, nesse caso, é quitar as dívidas). Para acelerar o processo, transfira parte do valor dedicado aos desejos pessoais para a última categoria.